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29 out 2013

Porque correr não desenvolve artrose nos joelhos?

Uma das crenças mais conhecidas sobre a corrida, é que ela provoca artrose nos joelhos. Mas um novo estudo verificou que esta ideia é um mito e é improvável que tal atividade contribua para o desenvolvimento da artorse, precisamente, a corrida de longa distância , pois se trata de uma atividade mais extenuante.

É fácil entender porque acredita-se que correr pode prejudicar a articulação do joelho , já que a cada passo, as forças balísticas movem-se através do joelho do corredor . O senso comum sugere que a aplicação repetida dessas cargas na articulação deve, eventualmente, degradar sua cartilagem protetora, levando à artrose.

Mas muitos dos estudos disponíveis, a longo prazo de corredores mostram que , quando os joelhos são saudáveis ​​ao iniciar a atividade, a corrida não aumenta substancialmente o risco de desenvolver o desgaste, mesmo quando se trata de um corredor de meia-idade ou mais. Um estudo transversal, impressionantemente grande, de quase 75 mil corredores publicados em julho, não encontrou nenhuma evidência de que a corrida aumenta o risco de osteoartrose, incluindo a participação em maratonas. Os corredores do estudo, na verdade, tinham menos risco global de desenvolver artrose quando comparados a pessoas que eram menos ativas.

Mas a combinação de impactos elevados com baixo risco para a artrose durante a corrida foi surpreendente. Assim, em um novo estudo intitulado “Por que a maioria dos corredores não possuem osteoartrse do joelho? “, pesquisadores da Universidade de Queen em Kingston, Ontário, e outras instituições observaram mais de perto o que acontece, biomecanicamente , quando corremos e a diferença dessas ações quando comparadas com a caminhada.

Andar a pé é amplamente considerada uma atividade de baixo impacto , sendo improvável sua contribuição para o aparecimento ou a progressão da artrose do joelho . Muitos médicos recomendam caminhar para seus pacientes mais velhos, a fim de evitar o ganho de peso e movimentar os joelhos.

Mas antes do novo estudo, que foi publicado na Medicine & Science in Sports & Exercise , os cientistas não haviam comparado diretamente as cargas aplicadas aos joelhos das pessoas durante a corrida e caminhada sobre uma determinada distância.

Para fazer isso agora, os pesquisadores recrutaram 14 corredores recreacionais adultos saudáveis. A metade deles mulheres, sem histórico de problemas no joelho. Eles, então, gravaram um vídeo com marcadores reflexivos nos braços e pernas dos voluntários para fins de captura de movimento, e pediram para que caminhassem descalço, cinco vezes, em um ritmo confortável, ao longo de uma pista de aproximadamente 50 metros de comprimento. Os voluntários também correram ao longo do mesmo percurso numa intensidade cinco vezes maior do que o seu ritmo habitual de treino.

A pista foi equipada com câmeras especializadas de captura de movimento e almofadas que mediram as forças geradas quando cada voluntário atingia o chão.

Os pesquisadores usaram os dados recolhidos da pista para determinar quanta força os homens e mulheres fizeram enquanto caminhavam e corriam, bem como a frequência com que a força ocorreu e por quanto tempo.

Em geral , os voluntários bateram no solo, com cerca de oito vezes o seu peso corporal durante a corrida, o que corresponde a três vezes mais força do que durante a caminhada.

Mas eles atingiram o chão com menos frequência durante a corrida, pela simples razão de que seus passos eram mais longos. Como resultado, foi exigido menos passos para cobrir a mesma distância durante a corrida quando comparado a caminhada.

Os corredores também experimentaram a força de reação por um período de tempo mais curto do que quando caminharam, porque seus pés mantiveram-se em contato com o solo mais brevemente a cada passo.

Com os resultados, os pesquisadores descobriram que a quantidade de força que se desloca através dos joelhos de um voluntário sobre determinada distância era equivalente, se eles corriam ou caminhavam. Um corredor gerou mais impacto a cada passo, mas levou menos passos para completar o circuito, por isso , ao longo de tal distância, a carga total sobre os joelhos era a mesma coisa quando se caminhava ou corria.

Esta descoberta fornece uma explicação convincente para a biomecânica de por que tão poucos corredores desenvolvem artrose no joelho, disse Ross Miller (professor assistente de Cinesiologia na Universidade de Maryland, que liderou o estudo). “Medindo ao longo de uma determinada distância, corrida e caminhada são essencialmente indistinguíveis, em termos do desgaste que podem gerar nos joelhos”.

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Fonte: New York Times