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25 mai 2015

Gel bioativo para lesões do joelho em desenvolvimento

Uma equipe de investigadores encontra-se a desenvolver uma solução minimamente invasiva e não dispendiosa na reparação da cartilagem e prevenção da osteoartrite.

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A equipe da Universidade de Iowa, EUA, encontra-se a desenvolver um hidrogel bioativo que é injetável, com a capacidade de reparar lesões na cartilagem, assim como gerar cartilagem mais forte. Este gel poderá atrasar assim, e talvez mesmo evitar, o desenvolvimento da osteoartrite e eliminar a necessidade de substituição total do joelho.

A mesma equipe tinha já identificado células precursoras em cartilagem normal com capacidade para desenvolver novo tecido de cartilagem. Esta descoberta foi surpreendente pois durante muito tempo foi assumido que a cartilagem era um dos poucos tecidos do organismo sem capacidade de regeneração.

 

A equipe conseguiu igualmente identificar fatores de sinalização que atraem essas células precursoras (células percursoras condrogênicas) para fora do tecido saudável adjacente para a área lesionada e fazer com que se transformem em cartilagem nova e normal. Um desses fatores de sinalização, denominado fator derivado de células do estroma (SDF-1), atua como dispositivo localizador das células precursoras.

Para o estudo, os investigadores construíram um modelo experimental de lesão na cartilagem e injetaram o hidrogel com SDF-1 na cartilagem modelo. As células precursoras migraram para o sinal SDF-1 e preencheram o local da lesão. Foi depois aplicado um fator de crescimento que fez com que as células amadurecessem tornando-se cartilagem normal que reparou a lesão.

 

Yin Yu, do laboratório de James Martin, docente assistente de ortopedia e reabilitação e autor principal do estudo, considera que os resultados são muito bons: “a nova cartilagem integra-se sem marcas no tecido danificado e apresenta concentrações normais de proteoglicanos, boas propriedades estruturais e tem a aparência de cartilagem normal”.

“Não existe verdadeiramente cura para a osteoartrite exceto a substituição total do joelho que não é particularmente aconselhável a pacientes mais jovens, pois as articulações artificiais desgastam-se e precisam de ser substituídas muitas vezes”, explica o investigador James Martin.

“A nossa abordagem consiste em utilizar a própria capacidade de reparação do organismo e nós demonstramos que a cartilagem possui uma potencialidade regeneradora; só temos que manipular corretamente”, remata.

 

Yin Yu e James Martin pretendem iniciar ensaios com o novo gel em animais no espaço de um ano e, se os resultados forem positivos, iniciar ensaios em humanos daqui a cerca de cinco anos.

 

ALERT Life Sciences Computing, S.A.