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12 nov 2013

Próteses de mãos sensíveis ao tato

Investigadores americanos estão desenvolvendo uma prótese sensível ao tato de forma a, no futuro, conseguirem transmitir, em tempo real, informação sensorial através de um interface direto com o cérebro, aos indivíduos amputados, diz um estudo publicado nos “Proceedings of the National Academy of Sciences”.

“Para restaurar a função motora sensorial do braço, não é apenas necessário substituir os sinais motores que o cérebro envia ao braço para movimentá-lo, é também necessário substituir os sinais sensoriais que braço envia de novo ao cérebro. A chave é invocar aquilo que conhecemos sobre a forma como o cérebro de um organismo intacto processa a informação sensorial para tentar reproduzir estes padrões de atividade neuronal através da simulação do cérebro”, revelou, em comunicado de imprensa, um dos autores do estudo, Sliman Bensmaia

Este estudo faz parte do “Revolutionizing Prosthetics”, um projeto que tem como objetivo a criação de um membro superior artificial que pode estabelecer o controle motor natural e a sensação nos indivíduos amputados.

Neste âmbito, os investigadores da Universidade de Chicago, nos EUA, estão a trabalhar especificamente nos aspectos sensoriais das extremidades. Através de experiências realizadas em macacos, foram identificados padrões de atividade neuronal que se produzem durante a manipulação de objetos, tendo posteriormente conseguido induzir, com êxito, este padrões através de meios artificiais.

Os investigadores começaram por se focar inicialmente na localização de contato onde a pele tinha sido tocada. Os animais foram treinados para identificar vários padrões de contato físico com os seus dedos. Posteriormente os investigadores ligaram elétrodos nas areas do cérebro correspondente a cada dedo e substituíram os toques físicos com estímulos elétricos das áreas apropriadas do cérebro. Como resultado, os animais responderam à estimulação artificial da mesma forma que ao contato físico.

O estudo debruçou-se ainda na sensação de pressão e sensação de contato de eventos, quando um braço toca e larga um objeto, tendo em ambos os casos conseguido reproduzir através de estímulos artificiais o que os animais conseguiam fazer naturalmente com os seus dedos.

Os resultados deste estudo fornecem um conjunto de instruções que podem ser incorporadas numa prótese de um braço robótico para fornecer a retroalimentação sensorial ao cérebro através de um interface neuronal. Os autores do estudo acreditam que esta informação permitirá avançar para dispositivos a serem testados em ensaios clínicos humanos.

 

Fonte: ALERT Life Sciences