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22 jul 2014

Doença de Alzheimer: um terço dos casos poderiam ser impedidos

Um terço dos casos de doença de Alzheimer em todo o mundo estão associados a fatores potencialmente modificáveis, como educação, prática de exercício físico, tabagismo, diabetes, obesidade, sugere um estudo publicado na revista “Lancet Neurology”.

De acordo com a organização Mundial de Saúde, atualmente existem em todo o mundo 35 milhões de pessoas com demência, uma síndrome que afeta a memória, raciocínio, comportamento e autonomia. Espera-se que este número duplique em 2030 e triplique em 2050, podendo atingir os 150 milhões de casos. Cerca de 70 % dos casos de demência estão associados à doença de Alzheimer.

 

Neste estudo, os investigadores da Universidade de Cambridge, no Reino Unido, fizerem uma revisão de trabalhos anteriores, tendo analisado o efeito de sete fatores de risco chave para a doença de Alzheimer. Estes incluem: diabetes, hipertensão e obesidade na meia-idade, falta de atividade física, tabagismo, depressão e baixo nível de educação.

 

Os investigadores estimam que a redução do risco associado a cada uma destes fatores em apenas 10% seria suficiente para reduzir, em 2050, a taxa de doença em 8,5%, o que significa que poderiam ser prevenidos cerca de 9 milhões de casos.

 

O estudo também apurou que caso os sete fatores de risco fossem tratados independentemente, os seus efeitos combinados levariam a percentagem de casos evitáveis da doença de Alzheimer para 49,9%. No entanto, após terem em conta o facto de os diversos factores de risco não serem totalmente independentes, os investigadores concluíram que a percentagem de casos evitáveis era de 28,2%, ou seja, cerca de um terço dos casos.

 

De acordo com a líder do estudo, Carol Brayne, apesar de ainda não se ter descoberto uma forma de impedir a doença de Alzheimer, é possível reduzir o risco do seu desenvolvimento.

 

“Combater simplesmente o sedentarismo, por exemplo, irá reduzir os níveis de obesidade, hipertensão e diabetes, impedir que algumas pessoas desenvolvam demência, bem como permitir um envelhecimento mais saudável”, referiu a investigadora.

 

“A doença de Alzheimer é um fardo cada vez maior para os serviços de saúde em todo o mundo, bem como sobre os pacientes e seus cuidadores. A nossa esperança é que estas estimativas ajudem os profissionais de saúde pública e profissionais envolvidos na elaboração de políticas de saúde a desenhar estratégias eficazes e capazes de prevenir esta doença”, conclui uma das coautoras do estudo, Deborah Barnes.

 

ALERT Life Sciences Computing, S.A.