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23 mar 2015

Um mundo livre de tabaco: uma realidade possível em 30 anos

Um grupo internacional de especialistas em saúde e legislação apelou à Organização das Nações Unidas (ONU) para que invista numa campanha de forma a atingir um mundo livre de tabaco.

O grupo expressa o seu apelo num artigo que integra uma série de artigos divulgados na publicação científica “The Lancet” e será apresentado na Conferência Mundial sobre Tabaco ou Saúde de 2015 a decorrer em Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos, o maior evento do gênero.

 

O autor de uma da série de artigos, Robert Beaglehole, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia, considera que “um mundo onde o tabaco está longe da vista, longe do pensamento e fora de moda – mas que não é proibido – é possível em menos de três décadas a partir de agora, mas apenas com o empenho total das agências internacionais como a ONU e a OMS (Organização Mundial de Saúde).

 

Apesar dos esforços feitos por muitos países para reduzir o consumo de tabaco, estima-se que durante os últimos dez anos tenham ocorrido 50 milhões de mortes devido ao consumo de produtos tabágicos.

 

Segundo os autores do estudo, apenas 15% da população mundial tem acesso a programas de cessação tabágica. Mas, apenas 10% é abrangida pelo aumento de impostos previsto na Convenção “Quadro para o Controle do Tabaco” (CQCT) da OMS, em vigor desde 2005, como forma de reduzir o consumo de tabaco. Este acordo internacional foi subscrito por 160 países. A taxação acrescida de produtos tabágicos constitui uma das formas mais eficazes de combater o hábito de fumar. Prevê-se que em 2025 possam existir mais de mil milhões de fumadores no mundo.

 

Os autores consideram assim que urge uma aceleração na CQCT nos países onde a implementação do tratado tem sido lenta ou está incompleta e que a ONU deveria assumir um papel principal na venda e consumo do tabaco.

 

As empresas tabaqueiras têm ultimamente investido nos países em desenvolvimento, especialmente na África e Ásia, onde se tem registado um aumento do consumo de tabaco, contrastando com a descida verificada nos países desenvolvidos.

 

Anna Gilmore, autora de outra série, considera que “ao contrário do que a indústria defende, o marketing do tabaco é dirigido deliberadamente às mulheres e jovens”. A autora observa ainda que “ a indústria tabaqueira continua a interferir nos esforços dos governos para implementar políticas efetivas de controle do tabaco”. É assim necessário que se monitorize mais de perto a conduta desta indústria e se dê um maior apoio global aos países que lutam contra as táticas das empresas tabaqueiras.

 

ALERT Life Sciences Computing, S.A.